As inflamações intestinais estão cada vez mais frequentes entre os brasileiros. Maus hábitos alimentares e a falta de consultas de rotina são algumas atitudes que podem agravar as inflamações e esconder uma doença crônica no intestino, como a retocolite ulcerativa ou doença de Crohn.
Segundo a gastroenterologista Zuleica Bortoli, a maior dificuldade no tratamento é que, geralmente, os pacientes confundem essas doenças com uma intoxicação alimentar e não buscam o tratamento correto. Só o diagnóstico precoce pode evitar que o paciente evolua para casos mais graves.
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“São doenças crônicas que podem começar com sintomas leves de dor abdominal e diarreia. Muitos pacientes não procuram um profissional e vão seguindo por muito anos antes de chegar o diagnóstico. Isso é ruim porque a doença começa a ter perfurações intestinais e vão deixando o paciente cada vez mais debilitado e comprometido”, explicou.
Sintomas como diarreia, sangue nas fezes, excesso de gases e perda de apetite podem indicar um estado mais avançado das doenças. Enquanto a retocolite ulcerativa atinge a mucosa interna do intestino grosso e o reto, a doença de Crohn pode acometer desde a boca até o ânus.
“Na doença de Crohn, como o acometimento é digestivo, pode se manifestar não só como diarreia, mas obstrução intestinal. Às vezes aparece no intestino delgado e a pessoa não tem tanta diarreia, mas pode sentir muitas dores, gases, vômito, não consegue comer e nem beber”, ressaltou.
Além do agravamento das doenças, a falta de um tratamento adequado pode gerar um câncer intestinal. Manter as consultas em dia e adotar hábitos alimentares mais saudáveis são atitudes importantes para não agravar as doenças intestinais.
