O Tarde Nacional conversou com Luciana Monte, pediatra e coordenadora da Pneumologia Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília, a respeito do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pelo Vírus Sincicial Respiratírio (VCR) no Distrito Federal. O VSR é o principal causador de infecções do trato respiratório em bebês.
Desde o início do ano, o DF registrou 1.916 casos de SRAG em crianças de zero a quatro anos, sendo 52% causados por VSR. Em comparação a 2022, houve aumento de 30% das ocorrências. Se observados apenas os casos gerados pelo VSR, a alta é ainda maior, de 122%. "Como atualmente o vírus circulante é o VCR, esse vírus tem característica de afetar mais as crianças abaixo de quatro anos e os idosos", observa Luciana.
"Esse vírus é um vírus que contamina todos nós", explica. "Mais de 99% das crianças já tiveram algum tipo de infecção pelo VCR." Ela explica que é um vírus altamente contagioso, e que os adultos já tem uma imunidade natural a ele. Luciana esclarece ainda que a primeira infecção pelo vírus costuma ser mais grave, porém os sintomas são mais brandos no caso de uma reinfecção. Também afirma que crianças com comorbidade ou que nasceram prematuras tem mais propensão a desenvolver sintomas mais graves.
"O que a gente orienta, se a criança estiver em creche ou escola, primeiro evitar de levar a criança no momento que ela esteja doente", recomenda. "Isso diminui o risco para os outros coleguinhas que estão lá, pessoas que às vezes tem alguma comordidade ou é um prematuro, às vezes para aquela pessoa que está doente pode ser leve, mas para o outro ser extremamente grave." Ela enfatiza também a importância da criança ter uma alimentação saudável e beber muito líquido.
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