Criança e carnaval: como os pequenos compreendem a folia?

Criança na folia e nos blocos de rua. Como a memória afetiva dos primeiros carnavais ficam e qual a importância desses festejos para a formação da criança? O assunto foi a pauta do Bate-papo Ponto Com desta quinta-feira (12), que contou com as análises e recomendações da psicóloga Roseli Goffman.

"É muito bom quando a família passa para a criança a cultura do carnaval. Agora, se for para levar a criança para um bloco, que seja um bloco preparado para receber a criança. Que seja um bloco dirigido especialmente ao público infantil e tenha como entrar no bloco ou sair dele. A minha recomendação é de que leve a criança para assistir somente e não para entrar dentro do bloco. O problema não é entrar no bloco; o problema é sair dele", atentou a especialista. 

A psicóloga destacou dois aspectos para entender o que se passa na cabeça da criança quando ela vê o bloco passando. "Alguns objetos ainda não estão internalizados como objetos bons ou maus, como é o caso do palhaço. Algumas crianças choram com a presença dele e outras não. Outra coisa é que quando a criança olha, os objetos são grandes, como o carro de som, a perna de pau, e é por isso que as coisas têm que ser introduzidas com gentileza. Essa criança vai absorver esse elemento dessa cultural se for encaminhada pelo pai ou pela mãe. E quando for encaminhado, deve se levar um bloco em que ela não se assuste", disse Roseli. 

Sobre o uso de fantasias e máscaras, Roseli lamenta termos tantos heróis comerciais. "Mas quanto mais fantasia, melhor. Pois a criança que pode viver na fantasia, é indubitavelmente, mais preparada para o mundo", diz a psicóloga que destaca também a exposição das marcas e o consumo consciente para as crianças. Quer saber mais o que rolou? Clique no player acima e confira a íntegra do Bate-Papo Ponto Com.

O programa vai ao ar sempre de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, pela rádio MEC AM do Rio de Janeiro. Se preferir, ouça também ao vivo, aqui no site das rádios EBC.