O Bossamoderna deste domingo (27) apresenta mais uma edição da “Janela dos Novos”, sempre destacando discos recém-lançados de alta qualidade musical.
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O programa começa com o reaparecimento do grande compositor carioca radicado em São Paulo, Théo de Barros. Ele é ex-integrante do mítico Quarteto Novo, ao lado de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Heraldo do Monte, e autor de clássicos como “Menino das laranjas” e “Disparada”, em parceria com Geraldo Vandré. O cantor paulista Renato Braz divide o disco com Théo e canta a faixa título “Tatanagüê”. Nesta edição, Théo de Barros também apresenta ao violão, sua composição “As sombras”, outra faixa do mesmo álbum. Ele dividiu este trabalho com o cantor Renato Braz, que também está em outro projeto, “Fruta Gogóia”, do selo SESC, este dividido com a cantora Jussara Silveira.
Outra composição que esta edição destaca é “Vapor barato”, de Jards Macalé e Waly Salomão, que será apresentada na voz de Renato Braz, em faixa do tributo a Gal Costa, “Fruta Gogoia”. A outra solista do disco é Jussara Silveira, que navega no espacial “Não identificado”, de Caetano Veloso, lançado por Gal Costa em 1969, mais uma faixa do tributo “Fruta Gogoia”.
No CD “Espírito de tudo”, da Nova Estação e Gravadora Eldorado, o tributo é ao compositor Caetano Veloso. A solista é a mineira de Cataguazes, Maria Alcina, que abre os trabalhos com “Genesis”, do projeto Os Doces Bárbaros, de 1976, que reuniu o autor Caetano Veloso, sua irmã Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil. A faixa faz parte do disco de Maria Alcina “Espírito de tudo”, expressão extraída da letra da música. O Bossamoderna destaca também, “Fora da ordem”, de Caetano, de 1991, que profetiza o estado atual de transtorno do mundo.
Multi-instrumentista e arranjador, que notabilizou-se a partir de sua maestria no contrabaixo, o santista Arismar do Espírito Santo lança “Flor de sal” pelo selo Maritaca. E revela sua habilidade de homem-orquestra em “A big band não veio”, ao lado de Léa Freire (flauta), Sergio Coelho (trombone), e Cleber Almeida (bateria e percussão). A composição ironiza a faixa de abertura de “Flor de sal”, o novo disco de Arismar do Espírito Santo, onde ele próprio supre improváveis carências, revezando-se no piano, baixo e guitarra. Façanhas de quem conduz até “Tubarão na coleira”.
Outro ex-integrante do Quarteto Novo está neste Janela dos Novos do Bossamoderna, o violonista pernambucano Heraldo do Monte, em disco solo que leva seu nome, lançado pela Biscoito Fino. “Esperando a feijoada”, composição dele, é uma das faixas. Acompanhado por Edmilson Capelupi (violão de sete cordas), Luís do Monte (violão de seis cordas) e Cleber Almeida (percussão), Heraldo do Monte singrou sua “Esperando a feijoada” e enovelou-se nos labirintos de outra autoral, “Torto”.
Fluminense de Cabo Frio, a cantora Júlia Vargas já está em seu segundo disco, o manifesto estético pós-tropicalista, pós-mangue bit, pós-Tribalistas, “Pop banana”, do selo Porangaraté, distribuído pela Biscoito Fino. O xaxado arretado feminista “Eva Maria”, de Claos Mozi e Victor Lobo, está entre as faixas. Outra obra de seu disco “Pop banana”, revisita o iconoclasta Tom Zé em “Mã”, de seu emblemático “Estudando o samba”, de 1976.
Formada em piano, bacharel em flauta transversa, mezzo soprano, solista e corista do Theatro Municipal, a carioca Eliane Salek celebra “40 anos de palco”, em CD do selo Fina Flor. Revisita o Tom Jobim de “Outra vez”, de 1954, em faixa do disco “40 anos de palco. Eliane Salek encerra esta edição do Bossamoderna com a homenagem instrumental “Baião pro Hermeto”, que compôs e conduz na flauta.
Bossamoderna vai ao ar todo domingo, às 22h, na Rádio MEC FM Rio, com reprises toda quarta, às 21h, na MEC AM. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.