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Confira composições de modernistas inspiradas na morte, no Bossamoderna

Ouça obras de grandes nomes da música como Gilberto Gil, Milton

Nas vésperas do dia de Finados, o Bossamoderna deste domingo (01) fala sobre a morte, tema inescapável de nossos modernistas de todas as latitudes. Gilberto Gil posiciona-se sobre o assunto em sua obra prima recente: Não tenho medo da morte”.

 

Outra obra prima empresta solenidade à passagem fatal: “Sentinela”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, com Milton e Nana Caymmi. Em seguida, Milton divide o microfone com Marcos Valle em “Réquiem”, parceria dos dois com Ruy Guerra e Ronaldo Bastos, de 1968, dedicada ao mito guerrilheiro Che Guevara, então morto em combate na Bolívia.

 

Mais uma obra, agora de Ruy Guerra, em parceria com Edu Lobo, é “Em tempo de adeus”, com Edu, o Tamba Trio e cordas. A “Serenata do adeus” é um clássico à parte da bossa nova, com letra e música do poeta Vinicius de Moraes. Canta Taiguara. O gurufim do samba se faz presente na genial “Fita amarela”, de Noel Rosa com  Aracy de Almeida envolta em sopros e cordas, sob arranjo do parceiro de Noel, Oswaldo Gogliano, o Vadico, em gravação de 1955. Outro luminar do samba, Nelson Cavaquinho destila mais um clássico “Quando eu me chamar saudade”, parceria dele com Guilherme de Brito.

 

E esta edição de pompas funebres do Bossamoderna se abre ao jogo de capoeira de Baden Powell e Paulo César Pinheiro vencedor da Bienal do Samba, de 1968: “Lapinha”, com Elis Regina. Do mesmo ano é o registro de Chico Buarque para “Funeral de um lavrador”, magistral poema de João Cabral de Melo Neto, que ele próprio musicou. Luiz Melodia no disco de estréia, “Pérola negra” de 1973, disparou sua poética inusitada em “Abundantemente morte”. Numa cena de bangue-bangue, Roberto Carlos narra a “História de um homem mau”, versão de Roberto Rei para a composição “Ol’ man mose”, do jazzista Louis Armstrong e Zilner Trenton Randolph.

 

Um dos pais do samba rock, Jorge Ben respondeu o debate pronto, com o satírico “O homem que matou o homem que matou o homem mau”. A cantora paulista Juçara Marçal dedicou seu disco “Encarnado”, de 2014, ao tema da morte. E uma das faixas é “A velha da capa preta”, de Siba Veloso. Do mesmo núcleo musical de Juçara, da nova vanguarda paulista, é o quarteto Passo Torto, formado pelos músicos e compositores Rômulo Froes, Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral.

 

Do disco que leva o nome do grupo, de 2011, é “A música da mulher morta”, de Kiko e Rômulo. O Passo Torto também se une à cantora Ná Ozzetti, projetada no Grupo Rumo, da vanguarda paulistana, dos anos 80, no recém lançado disco “Thiago França”. Uma das faixas fecha a tampa desta edição fúnebre: “O cadáver”, também de Rômulo Froes e Kiko Dinucci.

 

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.



Criado em 31/10/2015 - 14:22 e atualizado em 31/10/2015 - 12:50

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