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Domingo tem Bahia no Bossamoderna

Baianos, cariocas e mineiros cantam os encantos do estado berço do

Bossamoderna deste domingo (06) ancora na Bahia. O estado berço do Brasil, como denominou o compositor Eládio Gomes dos Santos, o Baianinho, nascido em Salvador. Ele foi um dos fundadores da escola de samba carioca Em Cima da Hora, e compôs o samba enredo gravado por Jorge Ben no ano de seu lançamento, em 1972.

 

Os compositores cariocas Reginaldo Bessa e Nei Lopes detectam um sabor indelével da Bahia: “Tem dendê”. Canta uma iniciante Alcione, em gravação de 1973. A fluminense de Nova Iguaçu, Nilze Carvalho, emoldura o “Retrato da Bahia”, do soteropolitano Clementino Rodrigues, o mitológico Riachão. O carioca do Estácio, Luis Melodia, “Sorri pra Bahia”, em parceria com Edil Pacheco e Cardan Dantas.

 

Em sua primeira gravação, em 1965, o baiano de Irará, Antonio José Santana Martins, o Tom Zé, perfila “Maria do Colégio da Bahia”, composição dele. Outro tropicalista, Gilberto Gil, desembarcou com o abre alas “Eu vim da Bahia”, também lançado em 1965, que ele regravaria em seu mais recente disco, “Gilbertos samba”, de 2014. Já no álbum “Realce”, de 1979, ele lançaria mais um clássico autoral: “Toda menina baiana”.

 

Em seguida, tem “Bahiana no Harlem”, inusitada composição da dupla campineira Denis Brean e Oswaldo Guilherme, com os cariocas Antonia Adnet e Pedro Miranda. Só de Denis Brean é o clássico “Bahia com H”, faixa do disco “Silêncio – Um tributo a João Gilberto”, na voz do paulista Renato Braz. E o próprio João decreta, para quem ainda não sabe: “Acontece que eu sou baiano”. Composição de Dorival Caymmi lançada em 1944, pelos Anjos do Inferno. João também gravou “Lá vem a baiana”, mais uma composição de Dorival Caymmi. Em “Itapoã”, outra composição do patriarca da família unem-se as vozes dos filhos do compositor, Danilo e Dori Caymmi.

 

O próprio Dorival purga suas “Saudades da Bahia”, em boa companhia – o piano sutil e o contracanto dissonante de Tom Jobim. Filho do compositor Tarci, que na juventude freqüentou reuniões do MAU, Movimento Artístico Universitário, onde projetaram-se Gonzaguinha, Ivan Lins e Aldir Blanc, Tárcio Cardo gravou em seu disco “Escuta”, de 2013, a parceria com o pai, “From Bahia”.

 

O novo baiano Moraes Moreira dividiu com o filho, Davi Moraes, em 2015, o CD “Nossa parceria”, que traz a regravação de “Bahia, oi Bahia”, de Vicente Paiva e Augusto Mesquita. Em “Faixa de cetim”, o mineiro Ary Barroso esbalda-se na baianidade. Caetano Veloso revisitou o clássico no disco da trilha do filme “O milagre do Candeal”, de 2004, dirigido pelo cineasta espanhol Fernando Trueba.

 

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.



Criado em 05/12/2015 - 15:25 e atualizado em 10/12/2015 - 12:18

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