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Bossamoderna faz homenagem ao Dia do Trabalho

O programa tem início com Paulinho da Viola que canta "Que trabalho é

Bossamoderna

No AR em 02/05/2021 - 22:00

Para comemorar o Dia do Trabalhado, o Bossamoderna deste domingo (02) abre o assunto, escudado na elegância e picardia de Paulinho da Viola. Que trabalho é esse?, de Zorba Devagar e Micau. Pérola requintada da estréia de Milton Nascimento como compositor, Canção do sal, foi desvelada por Elis Regina no disco que levou o nome da cantora em 1966. Clássico lamento trabalhista, Tenha pena de mim, de Babaú e Cyro de Souza, lançado por Aracy de Almeida, em 1937, foi assim remodelado pelo sambalanço de Elza Soares, em seu disco A bossa negra, de 1960.

 

Exaltação a malandragem e crítica ao trabalho, A razão dá-se a quem tem, de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves, de 1933, ressurge nas vozes do cantor Augusto Martins e do violonista e compositor Claudio Jorge. A faixa é do disco Ismael Silva: uma escola de samba, que tem outra no mesmo alvo, Todo mundo quer, também de Ismael.

 

Composição de Herivelto Martins e Roberto Roberti , lançada por Francisco Alves, em 1945, Izaura reuniu a dupla bossa nova João Gilberto e Miúcha e o saxofonista de jazz americano Stan Getz. Na mesma temática do homem que discute com a mulher porque precisa encarar o trabalho, Jorge Ben disparou sua Bebete vãobora, em faixa do disco que levou seu nome em 1969.

 

O trio do pagode de raiz Arlindo Cruz, Sombrinha e Franco exibe o currículo em Meu nome é trabalho, nas vozes do grupo Fundo de Quintal. Adesão inesperada a essa querela operária, o bossanovista Tom Jobim labuta na sua Oficina, gravada pelo inenarrável Cauby Peixoto. E mais outra surpresa: quem toma o O bonde de São Januário, obra prima trabalhista de Ataulfo Alves e Wilson Batista, sucesso de Cyro Monteiro de 1940, é o tropicalista Gilberto Gil.

 

Seu conterrâneo, o compositor baiano Batatinha destila farpas em sua composição Inventor do trabalho, gravação do programa MPB Especial, do produtor Fernando Faro (recém falecido), da TV Cultura, de 1974, lançada na série de discos A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes, produzida por Pelão. Grupo da vanguarda paulistana, o Premeditando o Breque também abordou o tema deste Bossamoderna, em O trabalho, de Wandi Doratiotto.

 

O quinteto vocal Vocalise esculpe Um canto de trabalho, dos compositores mineiros Nelson Angelo e Cacaso. Catedrático em malandragem Wilson Batista antes do regenerado O bonde São Januário tinha exposto sua profissão de fé: Inimigo do batente, parceria com Germano Augusto, também de 1940, gravada por Dircinha Batista. Canta Cristina Buarque. Também de Wilson Batista com Ataulfo Alves é Oh seu Oscar, na voz aveludada de Roberto Silva.

 

Milton Nascimento e Clementina de Jesus sacodem os grilhões nos Escravos de Jó, de Milton e Fernando Brant. E este Bossamoderna trabalhista fecha com uma diatribe de Chico Buarque dos anos da ditadura, faixa tema de um filme do cineasta Hugo Carvana: Vai trabalhar vagabundo

 

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.

 

 

 

Criado em 27/04/2021 - 11:30 e atualizado em 05/05/2016 - 12:22

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