Você sabia que cerca de 70% das plantas utilizadas no consumo humano dependem de polinização das abelhas? Das 141 espécies de plantas cultivadas no Brasil para uso na alimentação humana, produção animal, biodiesel e fibras, aproximadamente 60%, ou seja, 85 espécies dependem da polinização animal. Estima-se que o valor econômico da polinização feita por insetos, principalmente abelhas, corresponde a 9,5% da produção agrícola. Por esses dados, é possível prever o quanto um colapso nas populações de abelhas poderia causar prejuízos ao país.
A Instrução Normativa nº 2 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), publicada em 10 de fevereiro de 2017 no Diário Oficial da União, torna mais rígida a avaliação de risco de agrotóxicos que ainda não existem no Brasil e também a reavaliação de produtos que já se encontram no mercado brasileiro. O objetivo é frear o desaparecimento de espécies de abelhas no país e evitar a síndrome conhecida como Distúrbio do Colapso das Colônias (CCD, sigla em inglês), que já é realidade nos Estados Unidos e em países europeus.
A publicação desse documento é resultado do esforço conjunto do Ibama, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e instituições parceiras, que constituíram em 2015 um grupo técnico de trabalho (GTT) para discutir procedimentos de avaliação de risco com foco nos polinizadores, mais especificamente as abelhas. Em entrevista ao Brasil Rural desta quinta-feira (9), a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Carmen Pires, explica mais sobre a preservação das abelhas.
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