Terça-feira é dia do quadro Mercado e Cotações. Diretamente da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), conversamos com o professor Argemiro Brum sobre o preço dos principais produtos agropecuários nesta semana.
De acordo com o especialista, o mercado para o produtor ainda sofre com o rescaldo da greve dos caminhoneiros, que deixou a situação complicada, principalmente no que se refere a tabela do frete. Segundo cálculos do setor, o frete do Rio Grande do Sul para São Paulo aumenta em R$ 4.
O preço do frete por tonelada deve subir entre R$ 40 a R$ 50. O que poderá elevar o preço do produto na saída da indústria em até 50%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Essa é uma das consequências desse rescaldo da greve, especialmente para o mercado de arroz", explica o professor.
Quanto ao mercado do feijão, em Unaí/MG, por exemplo, os produtores reduziram a área semeada com produto irrigado devido aos baixos preços no momento. Na semana passada, o mercado do feijão carioca assistiu a um bom volume de vendas, fato que sustentou as cotações do produto.
O varejo vai repondendo sem pressa neste momento. Para o professor, o grande problema adicional é que além dos preços dos fretes internos terem subido muito, também se registra aumento significativo dos fretes internacionais.
Argemiro comenta também as cotações para a soja, o milho e as carnes, assim como as cotações para o dólar e as bolsas internacionais. Hoje (12) sai o relatório que permitirá ter uma noção mais clara das tendências e projeções de produção e estoques finais dessa nova safra de verão do milho nos Estados Unidos.
Ouça no player abaixo a entrevista completa:
O Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.