A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural do Estado de Santa Catarina suspendeu o cultivo de moluscos em alguns municípios, como: Palhoça, Tijuquinha e São José. Para falar sobre o assunto, o Brasil Rural conversou com Juliano Ebert, médico veterinário da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC).
O veterinário explica que Santa Catarina é o maior produtor de moluscos dos país, responsável por 95% da produção no Brasil de mexilhões e ostras. Por fazer parte do programa nacional de controle, o estado faz o monitoramento e análise dos 39 pontos semanalmente e quinzenalmente. Essa análise são para toxinas marinhas e contaminantes ambientais, como: coliformes fecais.
Dentre as toxinas, são pesquisadas três: as que podem causar diarreia, vômitos, as que provocam paralisia no corpo e até levar à morte; e as que causam perda temporária de memória.
Segundo Ebert, essa toxina responsável pelas áreas interditadas é um fator natural que acontece. "Existe uma afloração, um aumento dessas algas; e não existe uma explicação 100%, mas pode estar ligado a temperatura, a corrente marítima, que fazem com que essas algas se produzam em maior quantidade. Os moluscos em geral são organismos filtradores, sempre ficam passando água por dentro, vão se acumulando essas quantidade de toxinas (microalgas) que se tornam tóxicas", relata.
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