A produção de maracujá silvestre, considerado mais doce, vem ganhando espaço no assentamento da reforma agrária Oziel Alves III, em Planaltina, DF. Com ajuda da Embrapa Cerrados, a planta foi genetificamente modificada para ter maior produtividade e frutos maiores. A ideia é voltar-se à cultura para produção medicinal e também do fruto como alimento.
"Esse maracujá tem um papel muito importante de equilíbrio na biodiversidade do cerrado. Quem faz a polinização do pérola são pequenos morcegos porque a flor abre de noite e eles ajudam a dispersar sementes de outras espécies", explica a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ana Maria Costa, em entrevista ao Brasil Rural desta quarta-feira (1º).
"O maracujá peróla, além do forte potencial de mercado, por ser mais saboroso, é mais fácil de produzir. Então ele é muito apropriado para aqueles agricultores que não têm muitas condições. No assentamento, grande parte dos agricultores estão retornando a este sistema onde existe carência de mão-de-obra e de recursos financeiros", acrescenta Ana Costa, que ressalta ainda a inclusão do fruto na merenda escolar em Planaltina, GO.
Ouça a entrevista, na íntegra, no player acima. Para informações sobre mudas, o contato da Embrapa Cerrados é (61) 3388-9898.
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