O Concerto MEC desta quinta-feira (26) relembra uma história especialíssima da música clássica: o Concerto para Violino de Schumann, escrito na década de 1850, para o violinista Joseph Joachim, que se recusou a tocá-lo.
Após a morte de Schumann, foi decretado que não deveria ser tocado por 100 anos, e o manuscrito do Concerto para Violino desapareceu nos cofres de uma biblioteca alemã, onde permaneceu esquecido.
Em 1937, Georg Schunemann encontrou o manuscrito, editou-o e publicou-o.
O concerto foi executado pela primeira vez em Berlim por Georg Kulenkampff, em 26 de novembro de 1937.
Em 16 de fevereiro do ano seguinte, 1938, a sobrinha-neta de Joachim, Jelly d’Aranyi fez a estreia do Concerto para Violino de Schumann, em Londres.
Um atraso de 87 anos, um pouco menos do que os 100 anos a que estava condenado a ficar escondido do público.
Após uma execução particular em Leipzig, Brahms resolveu não incluir a obra na edição completa das obras de Schumann que estava editando naquele momento.
Encerrando o Concerto MEC, outra obra de Robert Schumann: a peça de Fantasia, Opus 73.
Originalmente escrita para clarineta e piano, Schumann deixou indicado que poderia ser executada por uma viola ou violoncelo.
Ele a escreveu em apenas dois dias em um surto de inspiração, como um sonho traduzido em música.
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O Concerto MEC vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 12h às 13h, na MEC FM
Produção: Fernando Neiva
Apresentação: Raquel Ricardo