O Concerto MEC desta sexta-feira destaca a ópera Otello, de Giuseppe Verdi, que estreou em 5 de fevereiro de 1887, no Teatro ala Scala de Milão.
Baseada na peça de Shakespeare, Otello foi a penúltima ópera de Verdi, e contou com libreto de Arrigo Boito.
Verdi, aliás, amava a obra de Shakespeare, e mesmo sem ter aprendido o inglês, ele se identificou com escritor britânico e mesmo distantes, cada um contribuiu à sua maneira para revolucionar a arte.
Shakespeare no teatro inglês criticando as convenções sociais, e Verdi na ópera italiana, inspirando velhas fórmulas musicais com personagens e cenas da vida real.
Além de Verdi, outros compositores, como Rossini e Dvorak, se inspiraram na história de Otello e Desdêmona, de Shakespeare, e também criaram obras sobre esse tema.
Rossini compôs a ópera Otello e, à semelhança de Verdi, foi inspirado pela peça Otello, de Shakespeare, também chamada O Mouro de Veneza.
Em 1891, Dvorak começou a escrever o ciclo de aberturas conhecidas como Natureza, Vida e Amor.
Mais tarde, Dvorak resolveu separar essas obras dando a cada uma um título diferente.
A terceira Abertura, Amor, passou a chamar-se Otello, opus 93, mas, no início, Dvorak havia pensado em dar o nome de Abertura Trágica ou Eroica.
O Otello de Dvorak é a parte final desse tríptico de aberturas, onde o compositor esboça um cenário trágico na partitura.
Verdi se inspirou em Otello, de Shakespeare como vimos, mas também em outras peças do dramaturgo londrino.
É o caso de Macbeth, a primeira peça do autor inglês que Verdi transformou em ópera.
Em quatro atos, a ópera Macbeth, de Verdi, estreou em Florença em 1847.
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