O programa de hoje destaca os 160 anos de Anton Arensky, compositor, pianista e professor russo nascido em Novgorod, no dia 12 de julho de 1861.
Compositor precoce, Arensky começou a escrever algumas canções e peças para piano aos nove anos de idade.
Em 1879, mudou-se com os pais para São Petersburgo, onde estudou no Conservatório da cidade com Rimsky-Korsakov, que comentou assim sobre a música Anton Arensky: "Na juventude, Arensky não escapou de alguma influência minha, mas depois a influência foi de Tchaikovsky. Será rapidamente esquecido".
As palavras de Rimsky-Korsakov acabaram por se cumprir, e a música de Arensky, sem um estilo pessoal forte, ficou por muito tempo esquecida.
Um exemplo típico da obra de Arensky é o seu Concerto para Piano e orquestra em fá menor, opus 2, uma obra habilmente trabalhada, como seria de se esperar de um aluno de composição de Rimsky-Korsakov.
Uma peça agradável com melodias que lembram Chopin ou Tchaikovsky, trazem também a graça e a elegância de Mendelssohn e o virtuosismo de Liszt em boa parte do Concerto.
O Concerto para Piano de Anton Arensky é como um velho amigo, que se conhece há muito tempo, pouco exigente e que não exige de nós nenhum esforço especial.
Publicado em 1883, o Concerto para Piano, opus 2, de Anton Arensky foi um sucesso imediato desde a estreia, tanto em São Petersburgo como em Moscou.
Talvez as melhores composições de Arensky sejam as de música de câmara, como o quarteto de Cordas opus 35, para violino, viola e dois violoncelos, dedicados à memória de de Tchaikovsky.
O título serve tanto como uma homenagem ao compositor mais antigo, como uma grande oportunidade de Arensky demonstrar sua imaginação singular.
As Variações baseadas em um tema das Canções Infantis, opus 54, de Tchaikovsky, são uma homenagem pessoal ao amigo e mentor.
No Finale, Arensky usa uma canção folclórica associada à coroação do czar da Rússia, e já utilizada por Beetoven e Mussorgsky.
Arensky essa música provavelmente coroando Tchaikovsky como o Czar da Música, e prestando sua maior homenagem ao compositor mais conhecido da Rússia.
Antes do Quarteto de cordas, opus 35, a canção russa "Não acenda o fogo", em transcrição para violoncelo e piano.
