Representantes de nove estados das regiões Norte e Centro-Oeste, em reunião com o presidente Michel Temer, assinaram um termo de anuência concordando com a ida do exército para os presídios. No início da reunião, Michel Temer falou que os dramas terríveis pelos quais o país está passando já ultrapassaram as fronteiras físicas e jurídicas dos estados e, por isso, se fosse com o aval dos estados, haveria uma atuação mais forte do governo federal.
Temer fez um resumo do que está sendo feito no país na área de segurança pública e citou, entre outros pontos, que agora as operações de fronteira serão permanentes. Também destacou a construção de cinco presídios federais e 25 estaduais e disse que estados e governo federal agora atuam juntos para acabar com o que classificou de "tormentoso drama".
Para o governador de Rondônia, Confúcio Moura, a única solução para combater o tráfico de drogas e armas de outros países para o Brasil é a atuação do Exército nas fronteiras. Moura ressaltou que todos os estados estão em situação difícil.
"Nenhum estado hoje tá tranquilo. Todos nós estamos numa instabilidade, porque os comandos e as facções se organizaram muito. O estado foi tardio nas tomadas de decisões e nós estamos trabalhando agora em cima do caos instalado.", declarou.
Os nove estados presentes na reunião também aderiram ao Plano Nacional de Segurança. O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explicou que a adesão ao plano não vai significar mais gastos para os governos locais porque essas medidas já estão previstas no orçamento da pasta.
A atual situação de crise no sistema penitenciário começou no início de janeiro, quando uma rebelião no Compaj, o complexo penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, resultou na morte de 56 presos e, logo depois, outro motim, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, deixou 33 mortos.
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Forças Armadas reforçam segurança em presídios