Segundo dados da pesquisa mundial desenvolvida pela Dove/Unilever, dois terços das mulheres entre 15 e 60 anos de idade evitam atividades básicas porque se sentem mal com sua aparência. Mais de 92% das garotas quererem mudar pelo menos um aspecto físico e 9 entre 10 mulheres desejam melhorar alguma coisa no corpo.
A todo momento, as mulheres são bombardeadas por padrões estéticos a serem seguidos para se encaixar, seja ao comprar uma roupa, ao se alimentar, ao se vestir, dentre outras situações, o que afeta como elas pensam, agem e constroem a sua relação com o mundo.
O programa Nacional Jovem desta quarta-feira (3) conversou com a psicanalista, professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida e Coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Joana de Vilhena Novaes, sobre as doenças da beleza e a luta das mulheres contra esses padrões.
"O ideal estético sempre foi um ideal de classes, e isso não é uma coisa contemporânea, pois uma coisa contemporânea é você moralizar a beleza, dizendo que quem está fora dos padrões é preguiçoso, desleixado e está assim porque quer. O corpo ideal nunca será o corpo da maioria, por isso ele é considerado o ideal. Devemos ajudar as crianças e os adolescentes a terem uma boa auto-estima e uma boa aceitação da própria aparência, é nossa obrigação ajudá-los e dar ferramentas para isso. Não existe um corpo perfeito, pois o corpo perfeito é aquele que nos acompanha de uma maneira saudável e agradável, para podermos usufruir da vida da melhor maneira possível".
Confira a entrevista na íntegra, clicando no player acima.
O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda-feira a sexta-feira, às 14h (horário de Brasília), na Rádio Nacional da Amazônia, e às 12h (horário local), na Rádio Nacional do Alto Solimões.
