Doença ainda não erradicada no Brasil, o retorno do sarampo vem sendo noticiado com frequência pela mídia. Em 2019, por exemplo, houve um surto inicial na região norte que se espalhou por todo o país. Para falar sobre a importância da vacina e como controlar esses surtos, o Nacional Jovem conversou com Eduardo Jorge da Fonseca Lima, especialista e membro do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
"A gente tinha coberturas vacinais muito altas, inclusive para a tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola. Tanto para a 1ª quanto para a 2ª dose. Nos últimos anos, mesmo antes da pandemia, já vinha se observando uma redução dessa taxa de cobertura vacinal. E as pessoas deixam de perceber a importância da vacinação quando não circula mais a doença e passam a acreditar que ela está controlada", relata o entrevistado, ao lembrar do último caso em 2015.
A certificação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de eliminação do sarampo se deu em 2016. Mas segundo o especialista, erradicar esses vírus de transmissão aérea é muito difícil pois eles são controlados com barreiras de proteção, que nesse momento se dão exatamente vacinando as crianças.
O sarampo é uma doença que dá manchas vermelhas pelo corpo associada a febre alta. E uma das características da doença é a transmissão 6 dias antes de aparecer as manchas e até 4 dias após as manchas desaparecerem.
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