Ghosting: entenda o fenômeno que vem crescendo nos relacionamentos modernos

O programa Nacional Jovem desta sexta-feira (13) falou de uma prática que está ficando cada vez mais comum, o Ghosting. A expressão é derivada da palavra Ghost que significa “fantasma”, em inglês. Esse fenômeno que está crescendo com o surgimento dos aplicativos e sites de relacionamento, se refere a prática de desaparecer de um relacionamento, sem dar explicações.

Para explicar melhor o assunto, conversamos com o psicólogo Raphael Amaral que trouxe as possíveis causas e consequências dessa prática, tanto para quem sofre, quanto para quem pratica.

Segundo ele, uma das causas que levam as pessoas a praticarem o Ghosting é a dificuldade delas de exercer a assertividade em relação aos seus sentimentos, ou seja, uma dificuldade de se expor ao se colocarem em situações complicadas, onde precisam expressar as próprias emoções e terem conversas difíceis.

De acordo com o psicólogo, o fato do ser humano ser inclinado, até geneticamente, a gravar na memória mais coisas ruins do que boas, faz com que a rejeição de um término doa mais.

“Nós somos programados biologicamente para ficar mais em alerta quando uma situação der errado, porque evolutivamente era melhor a gente gravar o que era uma situação ruim, assim aprendíamos com ela e a evitávamos no futuro. Então ser rejeitado significa que você está saindo de um grupo social, é como se você estivesse fora do bando. Então, você sente uma sensação de isolamento, de não pertencimento. E a sensação de pertencimento para o ser humano é fundamental, o ser humano precisa pertencer a um lugar, por isso moramos em cidades, vivemos em grupos, temos a nossa rede de amigos. Uma sensação de isolamento e de não pertencimento causa muito sofrimento ao ser humano”, observa. 

Raphael ainda aconselhou que dentro de um relacionamento o diálogo é essencial.

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O Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta no horário de 13h30 às 15h pela Rádio Nacional da Amazônia.