Violência nas escolas: advogada criminal comenta caso em São Paulo

Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados ontem segunda-feira (27) dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a Polícia Militar, o agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano na escola, foi contido por outras professoras e levado para a 34° DP, onde o caso foi registrado.

Para debater o caso, o Nacional Jovem conversou com a advogada criminal Luiza Eluf. Ela é procuradora de Justiça aposentada e integrou o Ministério Público Estadual de São Paulo por 30 anos até 2012.

"Nós todos queremos saber nesse momento porque alguém comete esse tipo de crime. O que acontece com uma criança já que o autor do delito - que não comete porque ainda não tem idade para isso -, ele tem apenas 13 anos, resolve matar professoras e colegas sem nenhum motivo aparente. Esse menino, provavelmente, devia estar acometido de doenças nervosas. Mas a gente não pode dizer ainda, neste momento, se ele sofria de alguma patologia mais grave ou não."

Segundo a ex-procuradora, cabe agora mais do que nunca, uma reflexão mais profunda sobre tudo isso.

"Nós temos uma sociedade muito violenta e não é só uma questão daquela escola e daquele menino. Mas também de uma população que reage sempre na base da agressividade."

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