Uma das maiores rivalidades do futebol feminino brasileiro está no Amazonas. Mas, por uma causa maior, Iranduba e 3B da Amazônia estarão lado a lado - pelo menos até outubro. Em crise financeira e só com quatro atletas para a sequência da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro da modalidade, o Iranduba receberá elenco e comissão técnica do 3B para a sequência da competição.
Na quarta-feira (26), 17 jogadoras foram registradas pelo Iranduba. O acordo vai até 18 de outubro, quando termina a primeira fase da Série A1. Após isso, as jogadoras retornam ao 3B, que disputa a Série A2 (segunda divisão nacional). Os clubes conseguiram respaldo jurídico junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O Iranduba não tinha time para mandar a campo no sábado (29), às 20h30, contra o Vitória, na volta do Brasileiro Feminino após a paralisação devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Segundo o clube, a crise financeira ocorre porque a patrocinadora master, a empresa britânica Vegan Nation, não teria cumprido o acordo, que previa o pagamento por meio de moedas virtuais. Elas entrariam no mercado no ano passado, para serem trocadas por dinheiro, o que não ocorreu. O caso está na Justiça.
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Não é a primeira vez que as equipes estão juntas. Em 2017, a parceria, representada pelo Iranduba, foi semifinalista do Brasileiro Feminino, caindo para o campeão Santos. No mesmo ano, os clubes seguiram caminhos opostos e criaram um dos principais clássicos da modalidade no país. As provocações entre os dirigentes foram mais constantes no início, mas, com o tempo, a rivalidade passou a se limitar ao gramado.
Com o empate do Flamengo com o Internacional, por 1 a 1, em Porto Alegre, na quarta-feira, o Iranduba entrou na zona de rebaixamento da Série A1, em 13º lugar, com seis pontos.
Por conta da pandemia de coronavírus, os programas No Mundo da Bola e Bate Bola Nacional estão temporariamente suspensos e devem retornar à grade da Rádio Nacional do Rio de Janeiro assim que possível.