Um dos donos da JBS, o empresário Wesley Batista, disse em delação premiada que o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, recebeu cerca de 30 milhões de reais em propina. Os pagamentos foram feitos entre 2012 e 2014 em troca de concessão de créditos de ICMS no valor de mais de 70 milhões de reais.
Segundo o empresário, as negociações com o ex-governador começaram em meados de 2010, quando Silval assumiu o governo do estado no lugar de Blairo Maggi, que deixou o cargo para concorrer ao senado. Neste contexto, Silval Barbosa também era candidato ao governo e pediu contribuição de campanha, além de vantagens indevidas.
De acordo com a delação, Silval foi eleito e ao assumir o governo, teria mudado o sistema de recolhimento de ICMS. Até 2011, as empresas pagavam o imposto por estimativa, mas Barbosa teria mudado para o recolhimento do valor real. Com a mudança, a JBS teria procurado o então governador para diminuir o valor pago, alegando que outras empresas recebiam incentivos fiscais do Prodeic - Programa de desenvolvimento Industrial de Mato Grosso – e acabavam pagando um valor muito menor. Aí segundo Wesley Batista teria surgido a negociação da propina de 10 milhões ao ano.
A reportagem tentou contato telefônico com a defesa de Silval Barbosa, que está preso, mas ninguém atendeu aos telefonemas.
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