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Ministério Público denuncia 30 pessoas por extração de madeira irregular

Entre os envolvidos, estão servidores públicos do Ibama, do Incra e

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará, encaminhou à Justiça denúncias contra 30 acusados de envolvimento na extração e comércio ilegal de madeira descoberta por meio da Operação Madeira Limpa.

 

Deflagrada em agosto, em parceria com a Polícia Federal, a ação se estendeu a vários municípios do Pará, além de Manaus, no Amazonas; em Florianópolis, em Santa Catarina. Quatro empresas também foram denunciadas.

 

Entre os envolvidos, estão servidores públicos do Ibama, do Incra; funcionários das Secretarias estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade; e da Fazenda; além de secretarias de Meio Ambiente de municípios do Pará.

 

A procuradora da República, Fabiana Shneider, explica que as investigações descobriram uma organização criminosa que envolvia vários tipos de fraudes.

 

"A maior parte consiste em inserir dados de créditos florestais que partem de um plano de manejo, mas indevidamente utilizado. Ou seja, aquele créditoflorestal inserido no sistema não correspondia a madeira extraída. Então esta madeira poderia não ter sido extraída, este plano de manejo poderia ter sido produzido de forma falsificada, ou seja, irregularmente."

 

Fabiana destaca outro tipo de crime cometido: a criação de créditos florestais. A procuradora explicou que nesse caso hackers entram nos sistemas do Ibama ou das secretarias de Meio Ambiente; e criam créditos florestais falsos para esconder a madeira extraída ilegalmente.

 

Segundo o Ibama, quatro funcionários do órgão no Pará estão afastados e podem vir a ser demitidos. Eles atuavam fornecendo informações sobre as operações realizadas para pôr fim a extração e venda ilegal de madeira.

 

Alex Lacerda, superintendente do Ibama no Pará, disse que as fiscalizações têm sido constantes para coibir este tipo de crime.

 

"Até mais ou menos o começo de agosto nós já tínhamos retirado do mercado mais de 600 mil metros de crédito de madeira. Isso é uma quantidade expressiva de madeira que não foi para o chão. Porque quando a gente retira do crédito a gente impede que sejam retiradas as madeiras equivalentes a este crédito irregular".

 

O Incra, por meio de nota, informou que o então superintendente regional do órgão em Santarém, no Oeste do Pará, Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, foi exonerado e os acusados respondem pela denúncia em juízo.

 

Até o fechamento desta matéria a reportagem não teve retorno das Secretarias estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade, e da Fazenda do Pará.

 

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Criado em 24/09/2015 - 11:00 e atualizado em 24/09/2015 - 07:41