Em carta aberta Lula diz que não vai perder a esperança no judiciário

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma carta aberta em que classifica de tristes e vergonhosos os episódios dos últimos dias, quando foram divulgadas conversas telefônicas dele com a presidenta Dilma Rousseff e com outras autoridades do governo.

Nessas conversas, divulgadas depois que o juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Lava Jato, retirou o sigilo do grampo, Lula faz críticas à atuação de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e chega dizer que a Suprema Corte está “acovardada”.

Lula afirmou, na carta, que não vai perder a esperança, que acredita no discernimento da Suprema Corte e espera isenção e firmeza, além de impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio, que, segundo ele, norteiam os magistrados do STF.

O ex-presidente lembrou que nos oito anos em que comandou o país demonstrou apreço e respeito pelo Judiciário. E desabafou: não se conforma que palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial e isento sobre o vazamento das conversas grampeadas e que os vazamentos são ilegais e deveriam estar sob a guarda da Justiça.

Segundo ele, sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos interessados foram praticados atos injustificáveis de violência contra ele e sua família.

Lula disse, ainda, que não espera que os ministros do STF compartilhem de suas posições pessoais e políticas, espera, apenas justiça.

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