Depois da fuga de 92 presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, em Roraima, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania suspendeu as visitas na unidade prisional por tempo indeterminado.
Os presos escaparam na madrugada de sexta-feira usando um túnel de 100 metros de comprimento. O final do túnel ficava a 50 metros de distância de onde deveria ter uma guarnição da Força Nacional. Para que a fuga acontecesse, a luz do presídio foi cortada por sabotadores. Até o fim da manhã deste domingo, terceiro dia de buscas, o governo estadual informou que conseguiu recapturar 16 detentos.
Entre os crimes dos fugitivos estão roubo, furto, tráfico de drogas, homicídios, um feminicídio e um estupro de vulnerável. Três pessoas também foram presas acusadas de ajudar na fuga.
A Secretaria de Justiça divulgou uma lista com os nomes de todos os foragidos. O órgão informou também que o policiamento nas barreiras foi reforçado, inclusive na fronteira com a Venezuela. Já quanto ao túnel, ele foi demolido e concretado.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar os envolvidos, inclusive a Força Nacional, que era responsável pela segurança da área externa da unidade.
Em nota, o Ministério da Justiça declarou que o governo de Roraima não solicitou a pasta a prorrogação da operação da Força Nacional no estado, que expirou no dia 31 de dezembro de 2017. E que, ainda assim, a Força Nacional continuava atuando no perímetro externo do presídio.
O órgão também afirmou que as condições de visibilidade noturna eram inexistentes nessa área, fato comunicado anteriormente ao Estado para proporcionar a adequada iluminação de segurança.
O Ministério da Justiça afirmou ainda que são de total responsabilidade do sistema penitenciário de Roraima: a segurança interna das unidades prisionais, a revista de presos e celas, a fiscalização das instalações físicas, a verificação da existência de túneis ou outros artifícios para fuga de presos sob sua custodia.
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