O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou dez suspeitos de integrarem uma quadrilha desarticulada em dezembro do ano passado. A organização fraudava convênios firmados entre a Federação de Pescadores dos Estados do Amazonas e Roraima, e o Governo do Amazonas. Os suspeitos foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Os desvios ocorreram em cinco convênios firmados entre a Fepesca e a Secretaria de Trabalho do Estado do Amazonas, no período entre 2012 e 2014. No curso das investigações o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado encontrou provas de que parte dos recursos desviados, cerca de R$ 2 milhões, saiu de conta bancária da Secretaria Estadual de Saúde.
Também foi constatado que as empresas utilizadas no esquema para “lavar” o dinheiro desviado já atuaram ou receberam verba pública de outros órgãos públicos, prefeituras do interior e até hospitais da capital.
Em coletiva de imprensa, o promotor de justiça, Alessandro Samartin, disse ainda que há suspeita de que os recursos desviados dos convênios podem ter sido usados na campanha eleitoral de 2012, pois o valor de R$ 1 milhão foi sacado da conta-corrente da Fepesca, em espécie, às vésperas da eleição ocorrida em 07 de outubro de 2012.
Segundo o MP, as investigações continuam porque ainda há desdobramentos do caso.
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