A alta incidência de chuvas nas cabeceiras de rios que banham cidades de Rondônia e do Acre está provocando o desalojamento de diversas famílias. Em Porto Velho, Rondônia, a prefeitura começou a retirar moradores de áreas de risco. Cerca de 10 famílias já estão desalojadas.
As enchentes ocorrem devido às chuvas nas cabeceiras de rios que formam o Madeira, na Bolívia e no Peru. O nível do rio nessa quarta-feira é de 16 metros e 10 centímetros e, se ultrapassar a cota de 16 metros e 30 centímetros, a qualquer momento pode ser decretada situação de emergência.
De acordo com Sargento Félix, da Defesa Civil em Porto Velho, o receio das autoridades é que o Madeira fique acima dos 17 metros e atinja a BR 364. “A nossa preocupação é que realmente o rio passe dos 17 metros, 18 metros porque aí sim começa a ocorrer alagação ali da BR e acaba prejudicando o estado do Acre, porque quando o rio sobe demais assim, a água ultrapassa a Br acaba que eles ficam isolados, né?”.
No Acre, a situação das cheias também é preocupante. No município de Sena Madureira, distante cerca de 150 quilômetros da capital Rio Branco, o rio Iaco está 35 centímetros acima da cota de transbordamento e sete famílias já estão desalojadas.
Em Rio Branco, o nível do rio Acre está em 13 metros e 70 centímetros e saiu da cota de transbordamento, como explica Major Falcão, da Defesa Civil do Acre. “É uma notícia relativamente boa, porém temporária porque há uma previsão de mais chuvas para os demais municípios que são banhados pelo rio Acre e essa água que cai nesses municípios acaba chegando em Rio Branco causando também o aumento de nível. Esse é um momento de alerta máximo e a expectativa é que ainda retorne à cota de transbordamento em Rio Branco”.
Algumas famílias da capital acriana já ocupam o abrigo instalado no parque de exposições. A cidade está em situação de emergência devido às chuvas do último dia 14, que alagou 20 bairros. O Ministério da Integração Nacional se comprometeu a enviar cerca de mil cestas básicas, além de kits de higiene, limpeza e colchões.
No Amazonas, o governo emitiu alerta de atenção devido ao aumento de chuvas nas calhas dos rios Purus e Juruá. O nível dos rios já começa a afetar comunidades ribeirinhas. Defesas Civis Municipais já adotam procedimentos preparatórios para possíveis desastres.
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