Pesquisadores avançam nos estudos para produção de um tecido capaz de dar maior proteção aos profissionais da área de saúde contra a covid-19. A previsão é de que a novidade seja apresentada em outubro.
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Os estudos são resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Pontifícia Universidade Católica e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
Os pesquisadores estão desenvolvendo materiais que, adicionados ao tecido normal de algodão, darão ao novo produto propriedades aprimoradas, que tornará sua capacidade de proteção semelhante a de uma máscara N95. As pesquisas envolvem também a inclusão de papel e de partículas que vão matar o novo coronavírus.
O vírus, normalmente, é transportado por meio de gotículas de saliva, que ao entrar em contato com esse tecido não conseguem penetrar e, mesmo que uma pequena parcela passe, nanopartículas vão garantir que o vírus não sobreviva.
Os testes para constatar a eficácia das nanopartículas estão sendo realizados no Laboratório de Microscopia Eletrônica do Inmetro. Caso seja comprovada, o país poderá ter acesso a uma tecnologia que proporcionará mais segurança e risco reduzido de contaminação, com custo-benefício acessível à sociedade.
O custo da máscara para os profissionais da saúde pode ser reduzido com a descoberta do tecido modificado, em comparação com uma N95. A meta é fabricar, no mínimo, 500 máscaras de tecido hidrofóbico por semana para serem doadas a esses profissionais.