Após a sessão do Supremo Tribunal Federal que concedeu liminar impedindo a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que o julgamento de seu habeas corpus seja concluído pela corte, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou que está confiante de que, em 4 de abril, os ministros do STF vão manter a possibilidade de prisão após a condenação em segunda instância.
O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Garcia, também avaliou que a decisão vai refletir em outros condenados pela Operação Lava Jato.
O deputado federal e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Wadih Damous (PT - RJ), acompanhou o julgamento e conversou com a imprensa após o resultado. Ele foi cauteloso ao comentar o futuro do ex-presidente Lula.
A decisão desta quinta-feira (22) não impede que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, faça, na próxima segunda-feira (26), o julgamento do embargo declaratório protocolado pela defesa do ex-presidente Lula. O embargo questiona a decisão do TRF4 proferida no final de janeiro, confirmando a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá e aumentando a pena dele para 12 anos e um mês de prisão.
No entanto, se esta decisão for mantida de forma unânime pelos desembargadores da segunda instância, a ordem para que Lula comece a cumprir a pena não poderá ser expedida até pelo menos 4 de abril quando será retomado pelo Supremo o julgamento do Habeas Corpus.
Ouça também no Repórter Nacional:
- Supremo decide que Lula não pode ser preso até julgamento de habeas corpus
- Reforma ministerial deve ser anunciada na primeira semana de abril
- EUA excluirão o Brasil da taxação do aço
- STF proíbe doação não identificada para campanhas eleitorais