Se quase todos os meses levam uma cor, como símbolo de uma importante luta, não seria diferente com o mês de junho, quando os estoques nos bancos de sangue estão em baixa. Assim, a cor não poderia ser outra. O Junho é vermelho. E, diferente dos outros meses, é um pedido para que as pessoas não olhem diretamente para si, mas para o outro.
A professora Aline Vieira dos Santos, de 28 anos, está viva para contar o quanto as bolsas de sangue foram determinantes para a sobrevivência dela. Depois de receber um transplante de fígado, ela sofreu uma hemorragia e dependeu de muita transfusão para sobreviver. Para Aline, resta lembrar os dias difíceis, mas com o sentimento de gratidão, por estar bem e viva!
Com a queda nas temperaturas no inverno, muita gente acaba adoecendo, outras pessoas estão muito ocupadas com provas do semestre, e tem aqueles que viajam de férias: o efeito de tudo isso nos hospitais de todo o Brasil pode custar vidas, porque muita gente deixa de doar e pacientes deixam de receber a transfusão por falta de estoque.
A fundadora do grupo Eu dôo sangue, Debi Arona, que criou o movimento depois que o pai dela enfrentou um câncer e precisou de transfusão sanguínea acredita que o problema é a falta de frequência de doadores. Ela explica ainda que o sangue tem “prazo de validade” e não adianta estocar muito em um mês e, no outro, ninguém aparecer para doar.
Olhar para o outro é o principal objetivo do Junho Vermelho, e é justamente isso que defende Debi Arones. O aprendizado pessoal que a situação trouxe fez ela entender e ensinar às pessoas que doar sangue vai além de fazer bonito e poder salvar vidas, é um ato de cidadania.
Além da baixa nos estoques de sangue, no mês de junho, vale lembrar que esta sexta-feira, dia 14, é o Dia Mundial do Doador de Sangue. A campanha pela doação ocorre em todo o Brasil, e já é lei, no estado de São Paulo.
Ouça o Repórter Nacional (7h30) desta sexta-feira (14):
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