A taxa de desocupação do país ficou em 12% no trimestre terminado no mês de junho, 0,7 ponto percentual abaixo da registrada no último trimestre. E a população ocupada cresceu 1,6%.
Pela primeira vez em 5 anos, foi registrado aumento do número de empregados no setor privado com carteira assinada, mas ao mesmo tempo, o número de empregados sem carteira bateu recorde no país e também o de trabalhadores por conta própria. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE.
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24 milhões e 100 mil pessoas, um crescimento de mais de 5% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Também continua alta a taxa de subutilização, que se manteve estável em 24,8%. Fazem parte da população subutilizada aqueles que trabalham menos horas do que gostariam, os que estão desocupados e aqueles que fazem parte da força de trabalho potencial mas que não estão procurando trabalho por desalento ou outra condição impeditiva.
O coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, destaca que por conta desse quadro de alta informalidade e subutilização, ainda não é possível falar em um virada do mercado de trabalho brasileiro.
Ele acrescenta que é preciso observar se a informalidade vai ceder nos próximos trimestres. A indústria foi responsável pela geração de cerca de metade dos empregos com carteira assinada, 146 mil postos de trabalho. O setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o 2º a mais gerar empregos com carteira.
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