A dívida pública fechou o ano passado em mais de R$ 4,2 trilhões. O valor é recorde e foi 9,5% maior que o registrado em 2018. Para este ano, a expectativa é que a dívida fique entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões, o que significará um novo recorde.
Nos últimos anos, o governo gastou mais do que arrecadou. Isso é a dívida pública. Para ajudar a fechar as contas, o Tesouro Nacional emitiu títulos públicos que são vendidos no mercado financeiro.
A maior parte dos títulos que vencem até o fim deste ano tem rendimento prefixado, ou seja, um valor fixo, definido no momento da compra. Outros são flutuantes e rendem de acordo com a variação da inflação ou da taxa básica de juros, a Selic. Com a inflação e a Selic em trajetória de queda, os investidores têm dado preferência a títulos prefixados.
A expectativa com o aquecimento da economia e o consequente aumento da Selic e da inflação, provocou aumento na procura por títulos flutuantes. A partir do ano que vem eles devem ter grande participação entre os títulos que vencem. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que o desafio do governo é conseguir pagar esses títulos e incentivar o mercado a voltar para os prefixados, que demoram mais tempo a vencer. Mansueto Almeida destacou que as prioridades econômicas do governo no Congresso Nacional são as propostas de independência do Banco Central; a PEC Emergencial, que define uma série de novos cortes de despesas na administração pública; e a Reforma Tributária.
O secretário do Tesouro Nacional acrescentou que a equipe econômica está preocupada com a situação das contas fluminenses: se o governo do Rio de Janeiro não conseguir pagar até o fim do ano as dívidas que contraiu com os bancos, o valor deverá ser quitado pela União que, em troca, assumiria o controle da Cedae, a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio.
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