A ala inaugurada nesta terça-feira (26) vai oferecer 53 leitos exclusivos para indígenas, sendo 33 leitos clínicos, dez de UTI e cinco Unidades de Cuidados Intermediários.
O governador Wilson Lima afirma que o local foi adaptado considerando aspectos socioculturais desses povos. O atendimento humanizado não será limitado a indígenas aldeados.
Essa unidade não faz pronto atendimento. A secretária de saúde Simone Papaiz destaca que as transferências para a ala destinada aos pacientes indígenas com Covid-19 serão realizadas por meio da Central de Regulação do Amazonas. De acordo com a secretária de saúde, a partir de quarta-feira (27) os leitos estarão disponíveis para receber pacientes.
A ala hospitalar é a primeira do Brasil para tratamento de pacientes indígenas com o novo coronavírus.
Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos afirma que ações nas áreas onde estão as comunidades também serão intensificadas, com o reforço de equipes, respiradores e financiamento de leitos hospitalares.
Onze profissionais de saúde do Hospital Militar de Área de Brasília foram deslocados para atender a população no Hospital de São Gabriel da Cachoeira, cidade com maior número de indígenas. 62% dos indígenas aldeados do Brasil vivem no estado do Amazonas.
De acordo com o Secretário da Sesai, a instalação de alas específicas para indigenas em outros estados depende do avanço da doença.
O país tem 824 casos confirmados e 40 mortos entre indígenas, segundo dados do Ministério da Saúde.
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