O líder do PT no senado, Paulo Rocha, disse que o pedido do ministério público é uma provocação à véspera dos atos contra o governo. “O retrato de uma provocação que já vem há algum tempo. Este mesmo promotor já anunciava antecipadamente este processo. Isso não foi surpresa pra nós porque claramente há um setor, principalmente do Ministério Público, que seleciona as investigações e direciona para o nosso partido, para as nossas principais lideranças, este processo que já virou uma perseguição política”, desabafa.
A senadora petista Regina Sousa acredita que a iniciativa pode inflamar ainda mais os ânimos nas ruas, e entende que isso pode ser perigoso. “Eu acho que isso só acirra os ânimos no país, só agrava a crise no país. Está previsto manifestação pra domingo, a gente estava tirando o pessoal do PT da rua, agora é muito difícil segurar. Uma certa pressa de tirar o Lula de cena, é impressionante. Nunca vi tanto medo de uma pessoa ir pra uma eleição em 2018”, analisa.
Já o senador do DEM, Agripino Maia, disse que esse é um momento de reflexão e sensatez, mas defendeu o Ministério Público de São Paulo. “Eles devem ter elementos de culpa formada. O que nos aguarda no futuro vai exigir muita consistência de quem acusa em ter provas e muito equilíbrio e muita moderação por parte das forças políticas envolvidas no processo, pra entender que o melhor para o país é que a lei prevaleça”, argumenta.
O senador do PPS Zé Medeiros criticou o comportamento do ex-presidente. “O ex-presidente Lula tem se mostrado muito bom de política e muito mau avaliador das situações jurídicas. Muito fraco nesse sentido. Desde o primeiro dia daquela condução, preferiu fazer um palanque disso, então eu suponho que isso tenha contribuído também”, critica.
Em nota, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, afirmou que não estão presentes na denúncia os fundamentos que autorizam o pedido de prisão de Lula e que é preciso ter prudência.
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