O Revista Brasil conversou com o pediatra e infectologista Edmilson Migowski a respeito do ressurgimento e aumento de casos da sífilis, doença sexualmente transmissível. Entre 2010 e 2016, foram identificados quase 230 mil casos novos da doença.
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Segundo o médico, a sífilis é transmitida por bactéria e pode infectar a mesma pessoal mais de uma vez. Além disso, é de difícil diagnóstico, visto que nas primeiras etapas os sítomas são quase inexistentes. "O diagnóstico é complicado e o tratamento teria que ser do casal ou das pessoas que compartilham o sexo sem a devida proteção", enfatiza.
O médico esclaresce, ainda, que o fato de não haver sintomas no ínício não significa que a doença não vá desenvolver de forma grave posteriormente. Em sua fase secundária, podem aparecer manchas vermelhas enquanto que na terciária sintomas de maior gravidade como a inflamação na aorta se manifestam. "Dependendo do tempo que demore para tratar esse paciente vai ter manifestações da sífilis primária, secundária ou terciária", explica Edmilson.
Ele também afirma que o Instituto Vital Brasil e o Ministério da Saúde vão se unir para que testes de detecção da sífilis congênita, variedade da doença transmitida ao bebê durante a gestação, sejam feitos durante a gravidez. Nesses casos, o tratamento deve ser feito inclusive no pai, mesmo que não haja sintomas. Quando a doença acomete o recém-nascido ela pode provocar sequelas graves, como a cegueira precoce, apesar de também ser assintomática no início nesses casos.
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