O governo federal decretou a intervenção na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. O Congresso Nacional ainda precisa aprovar a medida, que afetará a votação da Reforma da Previdência, já que a Constituição Federal fica impossibilitada de sofrer alteração durante o período.
O Revista Brasil conversou com o o ex-secretário nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, Coronel José Vicente.
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O coronel lembrou que o comando das facções criminosas está fortemente armado, além da dificuldade em acessar às comunidades. Ele declarou que a vida na cidade está comprometida.
O especialista também explicou como ocorre a intervenção no estado. O interventor, o Comandante Militar do Leste, General Valter Souza Braga Neto, vai articular o comando de batalhões, promover a integração entre as forças de segurança, estabelecer regras, dentre outras ações.
O coronel acrescentou que não há como ter expectativa de mudanças a curto prazo.
Ele defendeu também a criação de um ministério da Segurança. O especialista afirmou que a demanda de segurança pública no país é muito grande e exige uma coordenação que só um ministério pode fazer.
O coronel pontuou que há demandas permanentes e que deveria haver um protocolo mais rígido em relação às forças de segurança.
“A Força Nacional não pode ser uma gambiarra policial”.
Ele declarou que, no momento, apenas o Rio de Janeiro necessita de uma intervenção, devido ao banditismo na região.