A criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública, cujo titular é o ministro Raul Jungman, é avaliada pelo ex-secretário Nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente da Silva Filho, em entrevista ao programa Revista Brasil. Para ele, a nova pasta traz “o instrumental para melhorar” a segurança pública no país. Os principais desafios para o ministro Raul Jungman na sua avaliação será enfrentar o crime organizado no país, o que depende de uma articulação mais eficiente que dê respostas em nível nacional, e aumentar a eficiência das polícias nos estados para dar resposta à criminalidade de rua, como os assaltos.
Militares em atuação no Rio - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O coronel lembra que hoje há progressiva atuação de facções criminosas sem que haja uma coordenação das polícias para a contenção dos crimes. “Também não há coordenação para inibir ou afetar significativamente o fluxo dos produtos que empoderam as facções criminosas”, como é o caso da entrada de armas e drogas no Brasil.
O ex-secretário afirma, que o Fundo Nacional de Segurança Pública “ajuda a fomentar a existência das polícias” e pode atender às demandas de treinamento, inclusive nas áreas de investigação e perícia.
Sobre a legislação existente no país, ele considera que “merece algumas reformulações”, para contenção do altíssimo grau de impunidade, como, por exemplo, a pena muito leve para a receptação de carros roubados, assim como para quem vende materiais que vêm do roubo de cargas.
Ouça a entrevista completa no player abaixo.
