A mudança da sede da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém tem gerado protestos em Israel e muitas discussões em todo o mundo. Em entrevista ao programa Revista Brasil, a professora de Direito Internacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de Campinas (SP), Márcia Brandão Carneiro Leão, apontou que instalar uma embaixada em Jerusalém "é colocar fogo em uma discussão tensa, em um dia muito emblemático para Israel."
Segundo ela, desde a criação do Estado de Israel, em 1948, houve desconfiança dos árabes em geral, e uma série de conflitos com os palestinos, que perderam o território que ocupavam. A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que haveria a divisão da área em duas para que o Estado da Palestina também fosse criado, porém os israelenses não aceitaram, alegando a necessidade de ter fronteiras seguras.
"O processo de paz é muito tenso, muito complicado. O reconhecimento do estado da Palestina também tem sido um processo longo. Nessa decisão que criou o estado de Israel, ficou decidido que Jerusalém metade seria dos israelenses e a outra metade seria a futura capital do estado palestino. Por isso que todos os países acabam isntalando suas embaixadas em Tel-Aviv e não em Jerusalém", disse.
Márcia espera que o Brasil mantenha a Embaixada em Tel Aviv, porque recentemente ajudou no processo de paz, reconheceu o Estado da Palestina, e ao mesmo tempo, tem grande apreço por Israel, que possui uma grande colônia em todo o território nacional.
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