A explosão da semana passada na zona portuária de Beirute, capital do Líbano, que deixou centenas de mortos e milhares de feridos, foi provocada pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, armazenados de forma incorreta, conforme informação do governo libanês.
A substância é um composto inorgânico que tem sido muito utilizado na fabricação de fertilizantes, como fonte de nitrogênio para promover o crescimento das plantas, mas também é usado como explosivo. O Revista Brasil conversou com o presidente do Conselho Regional de Química da 12ª região, que abrange os estados de Goiás, Tocantins e o Distrito Federal, Luciano Souza.
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“As mineradoras e pedreiras utilizam muito o nitrato de amônio, que vem em uma emulsão encartuchada vulgarmente conhecida como “banana de dinamite”, para detonação de rochas e desmonte de pedras”, explica.
Ele alertou que os produtos explosivos têm uma série de regras para armazenamento e transporte e precisam de rigorosa fiscalização.
“É preciso controlar a quantidade estocada, o tempo de armazenamento e ter um ambiente que seja bem ventilado e fique longe de fontes de calor e de ignição ou de outros tipos de combustível. Assim como no transporte, devem ser seguidas todas as normas de segurança para evitar acidentes", declarou.