Você está navegando pela internet e um site pede que faça um cadastro para acessar aquele conteúdo. Por trás disso está um produto muito valorizado chamado banco de dados. Há várias outras formas de dados pessoais serem coletados na grande rede. Quanto mais informações, maior é o valor, a ponto de alguns sites de e-commerce terem anúncios de compra e venda de banco de dados. Mas, é claro que isso é proibido. O Revista Brasil conversou sobre o tema com Hugo Cândido, especialista em e-commerce e analista de sistemas.
Confira a entrevista no player abaixo:
Segundo o especialista, essas informações são coletadas principalmente de maneira tradicional, que é feita por meio de formulário, quando alguém realiza uma compra ou quer pegar um material na internet e o site pede dados em troca. Essas são as chamadas iscas digitais.
Na entrevista, Hugo comentou ainda sobre as ligações de financeiras, uma prática muito antiga, e como as informações são obtidas.
"Esses dados são, muitas vezes, comercializados e incrementados pouco a pouco. Ou seja, eu compro seu nome e e-mail de um lugar. Depois eu cruzo esses dados e descubro a sua data de nascimento. E aos poucos eu vou conseguindo ter um banco de dados cada vez melhor. E depois eu passo a cruzar os dados para saber se você tem idade suficiente para ser um aposentado e eu lhe oferecer algum crédito de uma financeira, por exemplo", explicou.
Hugo analisou o caso do site Mercado Livre. A justiça do Distrito Federal determinou que o site de vendas suspendesse um anúncio sobre banco de dados. A decisão foi tomada com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O especialista recomendou que o usuário leia o termo de condição dos sites antes de aceitá-lo e se atentar sobre a necessidade de fornecer algumas informações na hora da compra.
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