Para falar sobre o panorama da economia brasileira no momento atual, o Revista Brasil entrevista o professor Newton Marques, doutor em economia e cientista político.
Muita gente se questiona sobre o porquê de alimentos e combustível estarem tão caros, mesmo diante de notícias que dão conta da melhora de indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB). "Existe uma diferença entre a questão macroeconômica e a economia doméstica", explica o professor Marques.
Ele salienta que a pandemia desencadeou uma desorganização muito grande da atividade econômica em diversos países. Por isso, a Europa e a Ásia passaram a ter uma demanda muito grande pelas chamadas commodities - entre eles, os alimentos. "Os produtos ficaram mais caros porque os produtores preferem vender lá fora do que aqui dentro. É o caso da carne, do açúcar, da soja e do milho", enumera.
Outro índice que preocupa a população é o do desemprego - ou por que ele persiste mesmo com o aumento do crescimento econômico. "Existem setores que estão crescendo, mas não estão absorvendo mão de obra", pontua o economista.
A desvalorização cambial e o aumento do preço do petróleo, que encarece todos os seus derivados, também ajudam a entender a disparada dos preços por aqui. O economista acredita que o governo vai precisar implementar uma política de subsídio para conter essa alta.
Sobre as projeções sobre a retomada da economia, o professor opina que não será imediata: "Reorganizar a atividade econômica demora. Mesmo se houver avanço no ritmo de vacinação, não é fácil de ser resolvido". Ouça a entrevista no player acima.
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