Finlândia e Suécia manifestaram interesse em ingressar na Organização do Atlântico Norte (Otan). Para entender o que essas candidaturas significam e podem provocar, como uma eventual retaliação da Rússia, o Revista Brasil convidou Fábio de Andrade, professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O professor afirma que tem a questão de a Rússia não desejar que a Otan tenha bases militares em uma região fronteiriça muito próxima, deixando o país exposto a ataques. E tem também a questão do controle dos gasodutos, que atravessam pela Ucrânia, Finlândia e Suécia.
Fábio de Andrade analisa que Finlândia e Suécia fizeram o pedido emergencial para entrada na Otan, menos por simpatia, mas mais por receio, e, para ter um respaldo caso a Rússia inicie um potencial conflito.
A Rússia busca, mais que recuperar territórios, um papel de maior destaque geopolítico e garantir que a Otan tenha menor influência.
Para o professor, esse cenário ajuda a potencializar a inflação mundial pelo ponto de restrição de produtos e aumento no preço de combustível.
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