Cartagena+30 debate a situação de refugiados e apátridas

Brasília sedia nos dias 2 e 3  de dezembro o Cartagena+30, encontro latino-americano sobre proteção a refugiados. Segundo o coordenador para Assuntos de Refúgio do Ministério da Justiça, Virginius França, este evento é definitivo porque se trata da etapa final deste processo. Em 1984, os países da América Latina se reuniram em Cartagena, para repensar sobre o refúgio para as Américas durante os próximos 10 anos. Trinta anos depois, o Brasil foi escolhido, para o processo de homologação do plano de ação do Brasil e da declaração que visa a ampliação, a revisão e a promulgação dos novos rumos que os países adotarão para o refúgio e o fim de pessoas sem pátria na próxima década.

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De acordo com a  diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), irmã Rosita Milesi, este encontro é importante porque a sociedade civil tem espaço para discutir esta temática junto com os governos e demais organismos que que se ocupam desta causa. Ela participou em Bruxelas, Bélgica, entre os dias 14 e 20 de novembro, da Semana dos Parceiros do Projeto de Reintegração de Migrantes Retornados, promovido pela Cáritas Internacional da Bélgica, que reuniu entidades de 14 países, com os quais mantém um programa de apoio aos refugiados.

De acordo com o porta voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Luiz Fernando Godinho, a importância é fundamental porque se tornou um fórum para toda a região da América Latina e Caribe, a chegarem a pontos comuns em relação ao futuro e a proteção de pessoas refugiadas, dos apátridas e de outras vítimas de violência que são deslocadas de seus países na nossa região. Para ele, cerca de 10 milhões de pessoas em todo mundo estão na situação de apátridia, e isto é uma violação extrema contra as pessoas porque as priva dos direitos mais básicos.

Acompanhe a mesa redonda do programa Revista Brasil que foi ao ar nesta sexta-feira (28), na Rádio Nacional de Brasília, com apresentação do jornalista Valter Lima.