Será realizado no dia 21 de maio, em Brasília, o seminário “B-20 Metropolitano – Mobilidade Sustentável para as Cidades Brasileiras”. O encontro vai contar com a participação de prefeitos e autoridades de setores de Mobilidade Urbana, Meio Ambiente e Saúde Pública, além de gestores de áreas diretamente relacionadas à sustentabilidade no Brasil. O seminário é para alertar aos gestores públicos, prefeitos, secretários, aos governos estaduais e federal e à população, para que fiquem conscientes de qual é o combustível deve ser adotado nos transportes públicos.
Segundo o representante da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, a preocupação é fazer uma substituição progressiva de combustível fóssil por combustível de origem animal e vegetal, os chamados biocombustíveis. Há mais de 10 anos, o Brasil já produz biodiesel, combusítvel sem enxofre, porque este é o elemento que causa o maior dano à população, gera fuligem e se impregna nos pulmões das pessoas. "O cheiro ruim que sentimos do combustível dos ônibus e caminhões é exatamente o cheiro de enxofre e o biodiesel não tem enxofre", explica.
Ele avalia ainda que o combustível está diretamente associado hoje à quantidade de internações, mortes, falta ao trabalho, em decorrência de doenças pulmonares.
A produção de biodiesel no Brasil hoje já é suficiente para produzir a quantidade maior que a obrigatória hoje, que é 7% de mistura. Mas o que se deseja é que nas grandes cidades, onde o problema de poluição do ar já é muito grave, que seja de 20% essa mistura, imediatamente. Já existe esta experiência em São Paulo, onde 2 mil ônibus utilizaram a mistura de 20% e o que vale destacar, diz Donizete Tokarski, é que essa mistura não traz nenhuma necessidade de adaptação de motores.
Ouça esta entrevista ao programa Revista Brasil, com o jornalista Valter ima, na Rádio Nacional de Brasília.