O Instituto de Letras (IL) sediou, na última semana, o II Encontro Atlas Sonoro das Línguas Indígenas do Brasil. O evento, realizado em parceria pelo Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas da UnB (Lalli) e pela Universidade Federal do Pará (UFPA), reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para debater e coletar informações para a criação de atlas com idiomas tradicionais brasileiros.
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Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou a professora do Departamento de Letras da UnB e coordenadora do projeto Atlas Sonoro das Línguas Indígenas do Brasil, Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília sobre o objetivo do projeto e o que ele poderá trazer de importante para a diversidade linguística do país.
Segundo Ana Suelly, o principal objetivo do atlas é construir um material que seja referência em línguas indígenas. Neste encontro se buscou coletar dados de 10 idiomas. A ideia é chegar a 30 ao final do projeto.
“O Brasil é o país com a maior diversidade linguística na América do Sul. É uma das maiores diversidades linguísticas do mundo e nós temos que lutar para que o que restou não vá embora. Primeiro pelos próprios falantes e, depois, porque é um legado da humanidade", explica.
Ela também ressalta o que é o atlas sonoro. "É um mapa aberto que todos os cidadãos vão ter o acesso direto às informações sobre as línguas indígenas do Brasil. Esse que é o grande diferencial do nosso atlas", comenta.
Confira a íntegra da entrevista no player acima!
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é do jornalista Valter Lima.
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Como idioma nacional pode se manter entre tantas expressões estrangeiras?