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Ataques na França têm motivações geopolíticas e históricas

Durante mesa redonda especialistas debateram sobre questões

No último dia 13 de novembro uma série de ataques terroristas em Paris deixou 130 mortos e chocou o mundo. A ação aconteceu após ataques feitos pela França em união com os Estados Unidos à Síria.

 

Esses ataques e os conflitos que vêm acontecendo na região do Oriente Médio foram tema da mesa redonda das Rádios Nacional Brasília, Nacional Rio de Janeiro e MEC AM desta sexta-feira (27).

 

Para a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Pesquisadora do CNPq, Cristina Pecequilo, para acabar com o problema entre as nações será preciso negociar. “Isso não significa negociar com a violência ou com os terroristas, mas sim tentar compreender o porquê esse movimento político conseguiu chegar tão rápido a conseguir conquistar grande parte do Oriente Médio hoje”, explicou.

 

Ainda de acordo com a pesquisadora, o movimento, principalmente em ações violentas, tem sido mantido por pessoas que estão sendo cooptadas, não só pelo elemento religioso, mas principalmente pela insatisfação dessas pessoas por estarem sendo tratadas de maneira periférica.

 

Confira também: Repórter faz balanço do ataque terrorista ocorrido na França na sexta- feira(13)

 

O vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), Ali El Zogbhi, observou que os ataques acontecidos em Paris foram uma tragédia que não se justifica. Ele explicou que a complexidade dos conflitos passa por questões geopolíticas e históricas, além de interesses econômicos.

 

Zogbhi afirmou, ainda, não acreditar em uma possível 3ª Guerra Mundial. Segundo ele trata-se de outra questão: “Eu acredito sim na utilização do dinamismo como uma espécie de imagem do inimigo, utilizado no passado de diversas formas, tivemos isso acontecendo com Russos, Alemães”.

 

O analista de conjuntura internacional e economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), José Luis Fevereiro, colocou durante a conversa que não se combatem ideias com bombas. Para ele é preciso refazer um pacto no Iraque que recoloque a minoria Sunita com parcelas de poder em Bagdá; além de construir uma saída política para a crise na Síria.

 

“Há uma série de interesses geopolíticos locais que tem que ser colocados na mesa e tem que ser negociados, não é uma tarefa simples”, completou o analista.

 

A mesa redonda do Revista Brasil é uma produção das Rádios Nacional e MEC e vai ao ar às sextas-feiras nas rádios Nacional Brasília, Nacional Rio de Janeiro e MEC AM Rio de Janeiro. A apresentação é de Valter Lima e de Marco Aurélio.



Criado em 27/11/2015 - 16:36 e atualizado em 27/11/2015 - 14:16

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