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Cientista político analisa recentes manifestações

Manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira (31), em todos os

Manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira (31), em todos os estados e no Distrito Federal, para defender o governo Dilma Rousseff. Os movimentos batizaram a data de “Dia Nacional de Luta pela Democracia e Contra o Golpe”. Os atos foram marcados no dia 31 de março por coincidir como o aniversário de 52 anos do golpe militar de 64.

 

Em entrevista ao Revista Brasil o doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Brasília (UNB) e professor do Centro Universitário de Brasília, Leonardo Barreto avaliou as recentes manifestações. Ele considera que estamos vivendo um período delicado da nossa história. “Vc tem um contexto de polarização muito forte. Existe hoje uma tendência de ambos os grupos a negar a legitimidade e o direito que o adversário tem de protestar e de pedir. Essa é uma semente que se plantada gera riscos pro processo democrático”, analisa.

 

Leonardo Barreto esclarece que dentro do processo democrático, o que é fundamental, é que ganhando ou perdendo, você tenha respeito pela regra e pelos grupos que estão ai disputando o processo político com você. “E hoje a gente tá no limiar de um desrespeito, de uma tentativa de desqualificar o outro grupo na sua própria condição de pleiteador. Ainda não teve nenhum episódio grave de violência, e tomara que não aconteça, mas de todo modo, a gente vive um período que exige de nós uma grande vigilância, uma grande tolerância e uma capacidade de navegar entre estas brigas sem a gente perder o norte da democracia”, acrescenta.

 

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Para o cientista politico o número de participantes nas manifestações ganhou um ar de placar de jogo de futebol. “Quem levar mais gente ganha mais força”, diz. Leonardo Barreto explica porque o número de participantes destoa tanto em relação a contagem. Ele explica que quando feita pelos organizadores é pela soma de quantas pessoas prometeram ir, sem nenhuma tecnologia e método para contar. "Já a polícia militar, algumas possuem um software que coloca no helicóptero e vai fotografando as manifestações e o software vai calculando quantas pessoas têm por metro quadrado. No caso dos institutos de pesquisas, muitos utilizam tecnologia, como por exemplo, a quantidade de celulares presentes dentro de uma manifestação, eles conseguem quantificar o número de sinais de celulares ali", conta.

 

Saiba mais sobre o assunto, ouvindo a entrevista na íntegra no player acima.

 

O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é de Válter Lima



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Criado em 01/04/2016 - 16:55 e atualizado em 08/04/2016 - 15:04

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