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Saiba mais sobre mediação de conflitos e exercício da empatia nos condomínios

Especialista em Direito Condominial falou sobre o assunto, com foco nas consequências do isolamento social, à Rádio Nacional do Rio de Janeiro

Revista Rio

No AR em 20/05/2020 - 17:38

Em entrevista a Dylan Araújo, no programa Revista Rio, Alexandre Marques, especialista em Direito Condominial, falou sobre a mediação de conflitos e o exercício da empatia nos condomínios, em época de quarentena e isolamento devido ao novo coronavírus.

Ouça no player abaixo:


Alexandre citou uma pesquisa apontando que 1/3 dos problemas relatados pelos síndicos de condomínios nessa época está ligado ao aumento de discussões, muitas vezes violentas, de brigas e desgastes entre vizinhos, principalmente por conta do barulho e das pessoas que não respeitam os limites impostos pela quarentena.

"O condomínio, de uns anos pra cá, realmente vem mostrando uma problemática de convívio social", comenta o advogado ao abordar as relações entre condôminos. A micro-sociedade formada pela moradia em condomínios exige certas regras sociais. "A gente não pode esquecer que quem escolhe morar num condomínio, escolhe abrir mão, um pouquinho, da sua individualidade em prol de uma coletividade", ensina ele ao comentar sobre o assunto e sobre a necessidade de as pessoas não olharem apenas para seus próprios problemas, ressaltando a importância do exercício da empatia e da tolerância para com o próximo.

Aos síndicos cabe a mediação desses conflitos, ainda mais em época de isolamento forçado dentro dessa micro-sociedade, que aumenta o convívio dos moradores. Lives, encontros virtuais, música alta e o barulho das crianças sendo atividades e fatores que vão de encontro a quem está trabalhando de casa, por exemplo.

Como resolver os impasses que surgem? Alexandre sugere a realização de lives entre os moradores, incentivando o diálogo que busque a conscientização e até mesmo o voluntariado visando ajudar as pessoas que estão em situação mais vulnerável, como os idosos. Na opinião do especialista essas reuniões poderiam ocorrer a cada mês ou a cada 45 dias, dando voz a reclamações e sugestões. A ideia é agregar os moradores, em nome de uma boa convivência dentro dos condomínios.

 

Criado em 20/05/2020 - 18:52

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