Esse programa mistura literatura e música popular, prosa e samba de gafieira.
O convidado do episódio é Manoel Herzog, autor de “A jaca do cemitério é mais doce” (Alfaguara, 2017). O livro conta a história de Santiago Hernández - um jovem trabalhador da indústria química de Cubatão (SP), na Baixada Santista, que aprende a dança de salão como forma de superar a timidez e resistir a onda da discoteca e dos “Embalos de sábado à noite”.
O rapaz se torna um ótimo dançarino, um conquistador, um sedutor do bailado. Das pistas de dança surgirá a relação amorosa conturbada com Natércia, uma ex-colega de escola. O romance tem como trilha sonora sambas antológicos e alguns deles são tocados neste programa imperdível.
Manoel Herzog, além de escritor, também é compositor. Faz parte da ala de compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Independência, de Cubatão, que desfila no carnaval de Santos. Ele também assina junto com Marcos Canduta as faixas do CD “Canções de Amor Caiçara”, com participações especiais de Chico Buarque, Zeca Balero, Alberto Salgado e Carlos Carega.
A dupla militância na literatura e na música coloca Manoel Herzog no mesmo clube de Nei Lopes, Martinho da Vila e o citado Chico Buarque, que em programa da TV Sesc neste ano afirmou: “um autor que eu tenho lido com muito prazer ultimamente se chama Manoel Herzog, ele é de Santos. Não é muito conhecido. Autor nacional originalíssimo, que me surpreendeu”. Segundo Chico, Herzog é “uma das grandes novidades, das boas surpresas da literatura brasileira.” Ouça e leia Manoel Herzog, comece por aqui no Roda de Samba.
Clique e ouça o programa:
O Roda de Samba vai ao ar neste sábado ao meio-dia. A apresentação é de Gilberto Costa.