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Atleta do goalball mira Paralimpíada após superar câncer e covid-19

Denis Henrique venceu um linfoma descoberto no fim do ano passado

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No AR em 07/10/2020 - 11:23

Foram cerca de 10 meses de luta, apreensão, mas também esperança. No último dia 24 de setembro, Denis Henrique de Oliveira renasceu. Quem diz isso é ele próprio. A revelação de que estava curado do Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer com origem no sistema linfático, foi chocante para o jogador de goalball do Sesi-SP, com passagem pela seleção brasileira masculina.

Denis descobriu o linfoma no fim do ano passado, durante o último período de treinos da seleção na temporada. O cansaço excessivo nas atividades e as dores na cervical chamaram atenção dele e da comissão técnica. Os exames de tomografia aos quais foi submetido constataram o câncer.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a mortalidade causada pelo Linfoma de Hodgkin foi reduzida em mais de 60%, desde a década de 70, e a maioria dos pacientes pode ser curada com o tratamento disponível atualmente. Todo cuidado era necessário para a recuperação não ser interrompida. Apesar de toda a precaução, Denis não escapou da doença que acometeu quase cinco milhões brasileiros nos últimos meses. Em junho, contraiu o novo coronavírus (covid-19), em meio às idas e vindas do hospital.

O apoio da esposa Tamires, da filha Eloiza e dos companheiros de goalball - que rasparam a cabeça em solidariedade ao amigo - ajudaram-no encarar a dura recuperação. De tão bem sucedido, o tratamento permitiu que Denis retornasse às quadras já no começo de setembro, antes mesmo do diagnóstico final.

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Seleção de goalball fez homenagem a Denis Henrique

Denis nasceu com a Doença de Stargardt, que é uma forma de degeneração macular juvenil, que leva à perda progressiva da visão. Ele conheceu o goalball em 2016 e, dois anos depois, foi chamado pela primeira vez à seleção. No ano passado, foi campeão da Malmo Cup, na Suécia, um dos mais tradicionais eventos internacionais da modalidade.

Quem venceu o câncer e o coronavírus, pode se dar ao direito de sonhar com a volta à seleção, não é? Claro, com a Paralimpíada de Tóquio, em 2021, no horizonte.

Criado em 07/10/2020 - 11:23

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