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Psicóloga fala sobre luto coletivo causado pela morte de Marília Mendonça

Confira entrevista com a coordenadora do Grupo de Atendimento a Enlutados da Sotamig, Júnia Drumond

Tarde Nacional - Amazônia

No AR em 08/11/2021 - 15:29

O Tarde Nacional - Amazônia falou sobre o luto coletivo, em razão da morte precoce da cantora e compositora Marília Mendonça. Marília faleceu na última sexta-feira (5), após a queda da aeronave que a levava pra um show no interior de Minas Gerais. Outras quatro pessoas que estavam no voo também faleceram. Marília tinha 26 anos e uma carreira consolidada que prometia ainda muitos sucessos. Era conhecida carinhosamente como a rainha da sofrência, e suas letras falavam de um jeito único sobre todas as mulheres. Ela deixa um filho pequeno e muita saudade para os familiares, amigos e fãs. 

Para falar sobre a tristeza que tomou conta do Brasil, o Tarde Nacional contou com a participação da psicóloga especialista em luto, Júnia Drumond. Ela é coordenadora do Grupo de Atendimento a Enlutados da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais. Segundo a psicóloga, os artistas, de maneira geral, acabam tendo uma proximidade com o público, pois projetamos neles uma ideia de superação, de amor. No caso da Marília, por causa de suas músicas e do seu jeito extrovertido e autêntico, ela se tornou uma porta voz de muitas pessoas, principalmente as mulheres. "Demonstrava nas letras uma vulnerabilidade que gerava uma identificação. As pessoas perdem um pedacinho de si também".

Júnia Drumond explicou que o luto coletivo faz a gente se conectar com várias camadas do luto, inclusive com a empatia. A gente se coloca no lugar da mãe, do filho, e nos toca muito o sofrimento do outro. Além disso, é comum que nessa situação, a gente volte na nossa própria história, relembre nossas próprias perdas e sofrimentos.

“A gente tem que compreender que essa dor é absolutamente natural, esperada. E que cada um que sente, sabe porque sente, sabe o que ela representava para ele. E a gente precisa respeitar essa dor de quem está sentindo. Nunca menosprezar, achar que é mimimi, que é exagero. A dor é exclusivamente de quem sente. Cabe a nós respeitar, nunca julgar. A gente tem que ter um olhar bem mais gentil, compassivo pra gente tentar passar por esse período tão difícil com um pouco mais de solidariedade”.

Quer saber mais? Então clique no player acima e confira a entrevista na íntegra!

O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya. 

Criado em 08/11/2021 - 15:33

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